Morbidade e mortalidade hospitalar de neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe no Brasil (2016-2021)
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.61.eUJ4613Palabras clave:
Hospitalização, indicadores de morbimortalidade, neoplasias orais.Resumen
O objetivo deste estudo foi descrever a morbidade e a mortalidade hospitalar das neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe no Brasil (período de 2016 a 2021). Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, analítico e transversal de notificações de neoplasias malignas, utilizando informações do DATASUS (Base de Dados do Serviço Público de Saúde Brasileiro) e analisadas por meio de estatística descritiva. Foram analisadas 150.025 notificações de neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe no Brasil, de 2016 a 2021. Em 2016, a taxa nacional de neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe foi de 12,43 por 100 mil habitantes, diminuindo para 10,25 em 2021. Entre as regiões do país, as maiores taxas foram encontradas na região Sul, variando de 19,35 em 2016 a 16,40 em 2021. Quanto às características das internações, a maior incidência foi notada para o sexo masculino (73,76 %), a faixa etária estava entre 50 e 64 anos (45,56%) e a raça/cor branca (43%). Considerando os pacientes internados no período, faleceram 18.185, representando letalidade de 12,12%. No Brasil, a incidência de câncer bucal no período analisado diferiu nas diferentes regiões. Embora o número de internações por neoplasias malignas de lábio, cavidade oral e faringe continue elevado, houve diminuição no período analisado, com tendência de redução das internações por câncer bucal, enfatizando cada vez mais a necessidade de atuação precoce, tais como prevenção, diagnóstico e tratamento por profissionais da Odontologia, além de políticas públicas para prevenção dessa doença.
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