Avaliação da vida de prateleira de mandioca minimamente processada tratada com solução antioxidante e película comestível à base de fécula de mandioca
DOI:
https://doi.org/10.46311/2178-2571.39.eURJ4642Palavras-chave:
Estabilidade química, Manihot esculenta, Revestimento comestível, Valor agregado, Vida útilResumo
A praticidade do fácil preparo de mandioca minimamente processada torna esse segmento de mercado uma alternativa viável para a agregação de valor ao produto. Entretanto, verifica-se a intensificação das alterações por deterioração fisiológica das raízes no armazenamento. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o cozimento em função do tempo, taxa de respiração e as propriedades físico-químicas durante a vida de prateleira da mandioca minimamente processada tratada com solução antioxidante conservadora, solução formadora de película à base de fécula de mandioca e o conjunto de solução antioxidante e película, além do tratamento controle. Todos os tratamentos foram avaliados nos tempos de zero, três, seis, nove, 12 e 15 dias de armazenamento sob refrigeração de 4 ºC. As análises realizadas foram: colorimetria, índice de escurecimento, umidade, perda de peso, pH, acidez, força de cisalhamento, força de compressão, tempo de cocção e taxa de respiração. Os dados foram submetidos à análise de variância de medidas repetidas e comparação das médias pelo teste de Tukey a 5% de significância. Foi possível verificar que os tratamentos com película, solução conservadora e ambos aplicados nas raízes de mandioca minimamente processada apresentaram o mesmo tempo de vida de prateleira que o tratamento controle. No entanto, as mandiocas tratadas apenas com película tiveram valores mais elevados na respiração e acidez e, embora os resultados tenham apresentado diferença significativa, a solução conservadora demonstrou resultados promissores e que ainda devem ser melhor estudados, frente a novas formulações e testes para avaliação da manutenção da qualidade e tempo de armazenamento.
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