AVALIAÇÃO DA EPILEPSIA NO ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2015 A AGOSTO DE 2019
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.eUJ3859Palavras-chave:
Epilepsia, Fatores etários, Internações, Mortalidade, ParanáResumo
A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por distúrbios metabólicos, febre ou drogas. Se os sinais incorretos gerados pelo cérebro ficarem restritos a um local, a crise é chamada parcial, caso envolva os dois hemisférios é do tipo generalizada. Muitas vezes a causa dessa enfermidade é desconhecida, podendo ter origem em ferimentos na cabeça, trauma na hora do parto, abuso de álcool, tumores e outras doenças neurológicas. Por ser mundialmente um problema de saúde pública, o conhecimento sobre questões de sua frequência na população, conforme faixa etária e gênero favorece a prática clínica neurológica. Nesse sentido, o estudo objetivou avaliar o número de internamentos, óbitos e mortalidade decorrente da epilepsia, comparando-se as faixas etárias (menores de 1 ano a maiores de 80 anos) em ambos os sexos, no período de agosto de 2015 a agosto de 2019, no estado do Paraná. Para tanto, utilizou-se de um estudo epidemiológico observacional com fonte de dados coletados através do DATASUS, levando-se em consideração sexo, faixa etária, internamento, óbito e taxa de mortalidade. No período em questão, ocorreram no estado do Paraná, 923 internações pela enfermidade, dessas 409 ocorreram no sexo feminino e 514 no sexo masculino. A faixa etária compreendida entre os 40-49 anos contou com o maior número (115 casos, sendo 70 no sexo masculino e 45 feminino), seguida pela faixa de 1-4 anos (103 casos, sendo 53 masculino e 50 feminino) e a dos 50-59 anos (100 casos, sendo 65 masculino e 35 feminino), apresentando a faixa dos 80 anos ou mais, o menor número de internações (33 casos, sendo 17 masculino e 16 feminino). Com relação ao número de óbitos, obtiveram-se nesse período 10 mortes (5 masculinos e 5 femininos), sendo que 2 ocorreram nas faixas etárias de < 1 ano (1 masculino e 1 feminino), 50-59 anos (1 masculino e 1 feminino) e ≥ 80 anos (ambos femininos). Nas faixas de 1-4 anos (feminino), 30-39 anos (masculino), 60-69 anos (masculino) e 70 a 79 anos (masculino), ocorreu apenas 1 morte. Nas demais faixas etárias não houve nenhum óbito. A taxa de mortalidade no período foi de 1,08, sendo a maior encontrada em ≥ 80 anos (6,06) e a menor em 1-4 anos (2,74). Infere-se, portanto, que no Paraná, o sexo masculino é mais acometido pela enfermidade, principalmente na idade adulta, no entanto, ambos os sexos podem vir a óbito, na mesma proporção. Quando diagnosticada e identificada a tempo, a epilepsia em alguns casos, pode não evoluir para óbito, havendo muitos pacientes que levam uma vida normal, uma vez que as drogas antiepiléticas são eficazes na maioria dos casos. Para tanto, falhas na implementação de medidas preventivas precisam ser superadas, sendo fundamental a busca de estratégias diferenciadas para identificação de fatores de risco e causas de crises epilépticas, com a finalidade de permitir planejamento de programas racionais de prevenção e controle.
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