RETALHO SUBDÉRMICO DE AVANÇO PARA O TRATAMENTO DE NEOPLASIA CUTÂNEA EM REGIÃO FRONTOPARIETAL DE UM CÃO: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Cirurgia Reconstrutiva, Dreno, Flap, Oncologia, Pequenos AnimaisResumo
A incidência de neoplasias cutâneas nos pequenos animais cresce diariamente. Com isso, também aumenta-se as opções de tratamento cirúrgico por meio das técnicas reconstrutivas. O diagnóstico específico de cada neoplasia pode ser sugerido por exames citológicos, mas sua confirmação usualmente é feita pela análise histopatológica. Objetivou-se relatar o caso de um paciente canino com neoplasia cutânea em região frontoparietal que obteve sucesso após a exérese cirúrgica do tumor e confecção de um retalho subdérmico de avanço. Foi atendido um canino, 3 anos, SRD, 7 kg, com tumoração cutânea ulcerada em região frontoparietal de 5 cm de diâmetro com evolução de 10 meses. O exame citológico foi sugestivo de sarcoma. Deste modo, optou-se pela exérese cirúrgica com margem de segurança. Iniciou-se a cirurgia com a retirada do tecido cutâneo e subcutâneo em forma retangular com 1 cm de margem a partir do tumor. Após a observação do grande defeito criado, realizou-se um retalho de padrão subdérmicos de avanço a partir da região cervical dorsal do paciente. O retalho foi criado com o mesmo comprimento e largura do defeito. A pele doadora foi aposicionada junto a pele receptora em padrão simples isolado com fio de sutura de náilon 3-0. Antes de se completar toda a sutura, um dreno de Penrose foi instalado na região. Foram utilizados no pós-operatório: antibiótico, analgésico, anti-inflamatório e protetor gástrico; uso de colar elisabetano e limpeza da ferida a cada 24 horas. No quinto dia pós-operatório, o animal apresentou deiscência da sutura do dreno. O dreno foi retirado neste mesmo dia e o tutor foi orientado a continuar com a limpeza da ferida e manter o uso do antibiótico. Como previsto, a ferida foi cicatrizada com excelência em 15 dias após a cirurgia. O exame histopatológico foi realizado e descartou-se a suspeita de tumoração maligna. A cirurgia reconstrutiva com retalho de avanço da região cervical dorsal foi impereterível para recobrir o grande defeito criado após a exérese da neoplasia, mantendo boa vascularização da região; sem alterar a posição anatômica das pálpebras superiores e pinas. Conclui-se que o procedimento cirúrgico feito, teve pleno sucesso no caso relatado.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro/amos que o texto ora submetido é original, de autoria própria e não infringe qualquer tipo de direitos de terceiros. O conteúdo é de minha/nossa total responsabilidade. Possíveis pesquisas envolvendo animais e/ou seres humanos estão de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e seus complementos. Declaro/amos que estou/amos de posse do consentimento por escrito de pacientes e que a pesquisa e seus procedimentos foram oportunos e adequadamente aprovados pelo Comitê de Ética da instituição de origem. Declaramos ainda que todas as afiliações institucionais e todas as fontes de apoio financeiro ao trabalho estão devidamente informadas. Certifico/amos que não há nenhum interesse comercial ou associativo que represente conflito de interesse relacionado ao trabalho submetido. Havendo interesse comercial, além do técnico e acadêmico, na publicação do artigo a informação estará superficializada no texto do artigo.