GASTRITE CRÔNICA CAUSADA POR HELICOBACTER SPP. EM CÃO: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Bactéria, Gastrite leve, Histopatológico, Mucosa GástricaResumo
As Helicobacter são bactérias espiroquetas não esporuladas, gram negativas, colonizadoras do trato gastrointestinal de todo o reino animal. A gastrite é um processo inflamatório da mucosa gástrica, podendo ser classificado como agudo ou crônico de acordo com a evolução e persistência do agente, assim como, as manifestações clínicas. A afecção pode ser decorrente de diversos fatores como, agressão de origem alimentar causada principalmente por dietas, farmacológica devido ao uso indiscriminado de antibióticos e anti-inflamatórios ou de origem sistêmica podendo ser primaria ou secundária. Os sinais clínicos são caracterizados por episódios intermitentes de vômitos, hematoquezia, dores abdominais e consequentemente anorexia, perda de peso, desidratação e debilidade do animal. O diagnóstico pode ser realizado através de exames complementares, como os exames de imagem e a realização de endoscopia digestiva com biopsia o que permite a avaliação histopatológica da mucosa gástrica. O protocolo terapêutico baseia-se em dietas com pouca fibra e pouca gordura, associadas ao tratamento de suporte baseado nos sinais clínicos observados no animal. Foi atendido na Clínica Veterinária da Uningá, um cão, da raça Lhasa Apso, macho, 5 anos de idade, pesando 7 kg, com histórico de gastrite, apresentando vômitos frequentes, hiporexia, relutância ao se alimentar e presença de gazes abdominal. Durante a anamnese a tutora relatou que o animal havia passado por outros profissionais com o mesmo problema e estava sendo medicado com Luftal, Omeprazol, alimentação natural com proteína bovina. O animal foi encaminhado para ultrassonografia abdominal, com diagnostico sugestivo de gastrite crônica. Foi realizado então uma endoscopia digestiva e biopsia da mucosa gástrica, evidenciando gastrite ulcerativa. Na biopsia foi identificada a presença de bactéria morfologicamente compatíveis com Helicobacter spp. Após o diagnostico da afecção, foi instituído protocolo utilizando protetores de mucosa gástrica e antibioticoterapia, Sucralfato 5mg/kg cada 4 horas, Omeprazol 10mg, Amoxicilina 200mg/kg, Metronidazol 200mg/kg, Ranitidina 17mg/kg todas duas vezes ao dia e Cerenia por 10 dias. A dieta foi mantida com alimentação natural a base de proteína de cordeiro por 12 meses, e hoje o animal encontra-se bem teve apenas 2 episódios de vômito ao longo desses 12 meses sem outros sinais de reincidia do quadro.
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