FIXADOR EXTERNO E ENXERTO DE CRISTA ILÍACA EM OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA COM OSTEOMIELITE E NÃO UNIÃO ÓSSEA
Palavras-chave:
Fratura, Infeccionada, Pinos Lisos, CirurgiaResumo
Pela alta frequência e graves complicações de fraturas de rádio e ulna em cães, objetivou-se relatar o caso de uma cadela com fratura antiga infeccionada que obteve sucesso após osteossíntese de rádio e ulna com uso de fixador externo e enxerto corticoesponjoso de crista ilíaca. Foi atendida uma cadela, SRD, 3 anos, com histórico de atropelamento, apresentando um fixador externo tipo II craniocaudal em rádio e ulna direito. O tutor referiu que a paciente foi submetida a osteossíntese com placa óssea que foi “rejeitada pelo organismo”, a 60 dias e então aplicou-se o fixador externo a 30 dias. No exame físico, a paciente não apoiava o membro e havia secreção purulenta na base dos pinos lisos. Na radiografia, constatou-se sinais de não-união atrófica e lise óssea. O animal foi encaminhado à osteossíntese. Coletou-se osso corticoesponjoso da asa do íleo direito para enxertia na região de não-união da fratura. A pele sobre o rádio foi incisada crânio lateralmente e o acesso ao osso foi feito de forma lateral. Os antigos implantes foram retirados e quatro pinos de rosca central de 2,5mm foram aplicados em posição médiolateral. Material para cultura e antibiograma foi coletado, a região da fratura foi desbridada e o enxerto ilíaco colocado na região. Os pinos foram retorcidos e duas barras de metilmetacrilato foram confeccionadas para estabilizar a fratura. A pele foi suturada como rotina. Foi prescrito cefalexina durante 10 dias, tramadol durante 5 dias e Meloxicam durante 3 dias. Realizou-se limpeza diária e indicou-se o uso do colar elisabetano até a retirada do fixador externo. Após 10 dias, o animal retornou claudicando, porém, apoiando o membro. A cefalexina foi substituída por ciprofloxacina baseado nos resultados de cultura e antibiograma. A ciprofloxacina (15 Mg/Kg, BID) foi administrada por 30 dias. A fratura consolidou aos 90 dias de pós-operatório e o fixador externo foi retirado. Um ano após a retirada dos implantes a cadela foi reavaliada e observou-se boa deambulação e completa cicatrização óssea evidenciada pela radiografia. Pôde-se concluir que a combinação de fixador externo com enxerto corticoesponjoso e antibioticoterapia apropriada foi eficaz no tratamento da osteomielite e não-união óssea.
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