KAFKA VAI À ESCOLA – METAMORFOSE, FREUD, RANCIÈRE E ADORNO
DOI:
https://doi.org/10.46311/2178-2571.36.eURJ3918Palabras clave:
Aluno escolar, Kafka, metamorfose, prática docenteResumen
Gregor Samsa, certa manhã, ao acordar, percebe que se transformara em barata. As baratas são a representação totêmica da paralisia do intelecto e o quarto de Gregor representa o que é da ordem do psíquico. A escola tradicional forma baratas. Apenas no domínio do que é interno, Gregor Samsa não interfere no mundo e sua tentativa de revolta, não comparece no sujeito. O sistema é tão orquestrado por sua aparelhagem que até na sua ausência, ele se faz presente. Distante do verdadeiro opressor, que lucra com toda a querela no interior da residência dos Samsa, todos eles revelam o caráter verdadeiro do que são, a parapraxia freudiana; todos se revelam funcionários do sistema. Em sala de aula, não é diferente. Gregor Samsa é o aluno embrutecido. Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica, em que se procura fazer uma leitura crítica da temática. O objetivo deste artigo é o de detectar possíveis ligações da obra Metamorfose com a educação escolar. O fantástico trazido por Kafka permeia a crítica social de um tempo que pode ser ligado com o processo pedagógico. O ser baratal, coisificado, é a silhueta do aluno escolar. Quando Rancière aponta os caminhos da emancipação intelectual, quer reclamar o direito do indivíduo de assumir sua vontade e sua inteligência. Kafka, Rancière e Adorno nos sinalizam: há um mundo organizado que ortopediza nosso pensar. Na tentativa de fazer compreender o conteúdo, o professor-sistema interrompe o movimento da razão, destrói a confiança em si, expulsa a via própria de aquisição, oferecendo a imagem desconectada a partir do caminho do outro: o professor.
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