TRATAMENTO DE SEQUELA DE CINOMOSE EM CÃO COM FENOBARBITAL ASSOCIADO À COMPLEXO ANTIOXIDANTE: RELATO DE CASO
Palabras clave:
Ataxia, Convulsão, Mioclonia, NeuropatologiaResumen
A cinomose canina é uma doença infecto-contagiosa causada por um Morbivírus da família Paramyxoviridae. É uma doença multissistêmica que causa sintomas respiratórios, gastrintestinais e neurológicos. Quando atinge o encéfalo, pode resultar em lesões degenerativas ou inflamatórias do sistema nervoso, causando sinais clínicos como paraplegia, hiperestesia, tremores, deambulação, convulsões e mioclonia. Objetivou-se, com este relato, descrever o caso de uma paciente, canina, sem raça definida, de aproximadamente 4 meses de idade, apresentando sequelas de cinomose, tendo sido submetida ao tratamento com Fenobarbital na dose 2mg/kg (VO/BID) e suplementação com complexo antioxidante composto por ácido docosahexanóico, ácido eicosapentaenoico, vitamina E, vitamina C, selênio e aminoácido quelato (VO/SID), obtendo sucesso. A paciente inicialmente apresentava deambulação com ataxia, deformidades posturais e mioclonias multifocais em graus moderados, tendo considerável acentuação dos sinais clínicos dentro de 15 dias, culminando em um episódio convulsivo, mioclonias intensas e dificuldade em manter-se em estação. Foram realizados exames laboratoriais (hemograma e bioquímico). O hemograma apresentou anemia microcítica hipocrômica. O bioquímico não apresentou alterações dignas de nota. A anemia foi tratada com suplemento de vitaminas e minerais. O estado epilético foi controlado com Diazepam, na dose de 1mg/kg, VO, pós crise e manutenção na dose de 0.5mg/kg, VO, BID. A partir do 15º dia, iniciou-se novo protocolo terapêutico, com Fenobarbital associado ao complexo antioxidante, por 30 dias, mais recomendação de evitar exposição a situações de estresse. Ao fim dos 30 dias de tratamento, a paciente apresentava menor intensidade e frequência das crises de mioclonia, bem como melhora considerável no equilíbrio e coordenação motora. O protocolo terapêutico foi mantido, mantendo-se a dose mínima do Fenobarbital, ajustando a posologia apenas ao peso do animal. Cem dias após o início do novo protocolo, a paciente apresentava mioclonias leves, por vezes imperceptíveis e melhora na coordenação e equilíbrio, podendo realizar atividades normais. Foi possível concluir que a terapia estabelecida obteve resultado satisfatório nesta paciente, diminuindo significativamente os sinais neurológicos e estabilizando o quadro convulsivo.
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