Contaminação do solo de praças públicas por Ancylostoma spp. e ocorrência de larva migrans cutânea na população infantil do noroeste do Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.7.eUJ436Resumo
O trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de casos de Larva
Migrans Cutânea (LMC) na população infantil de Maringá, Paraná, e
verificar as fontes ambientais de infecção. A pesquisa observacional,
retrospectiva, foi realizada entre pediatras das Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e farmacêuticos de farmácias comerciais, entre 2002/2003. A cada
profissional aplicou-se um questionário. A pesquisa de Ancylostoma spp.
em praças foi de janeiro/2003 a junho/2004, por Faust e cols., sedimentação
em água e Baerman modificado. Foram investigadas 17/26 (65,4%) UBS e
9/17 (52,94%) dos pediatras atenderam de 1-5, 6/17 (23,53%) de 6-10 e
2/17 (11,76%) de 11-15 casos/ano de LMC. Foram investigadas 80/164
(48,78%) farmácias e 40/80 (50%) atenderam de 1-5, 15/80 (18,75%) de 6-
10, 6/80 (7,5%) de 16-20 casos/ano de. O verão foi a estação com maior
número de casos, acometendo principalmente crianças de um a dez anos. As
regiões mais atingidas foram pés (29,75%), nádegas (21,75%), pernas
(20,50%), mãos (18,50%) e braços (9,50%). A areia de parques, praças
públicas, creches, pré-escolas, praias, peridomicílios e de construções foi
relatado como local provável de contágio. O Tiabendazol foi o princípio
ativo mais utilizado. De 13 praças públicas amostradas, oito (61,54%)
apresentaram ovos e/ou larvas de Ancylostoma durante o inverno e sete
(53,85%) no verão. Os casos de LMC detectados e a positividade das praças
públicas para ovos/larvas de Ancylostoma, independente da estação do ano,
confirmam a necessidade de haver maior controle no acesso de animais,
principalmente cães e gatos, a espaços públicos.
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