COMPARAÇÃO DA COBERTURA VACINAL BRASILEIRA DO ANO DE 2015 AO ANO DE 2020: A QUEDA DA IMUNIZAÇÃO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.eUJ3868Palabras clave:
Cobertura vacinal, Erradicação de Doenças, Imunização, Movimento antivacina, Programas de ImunizaçãoResumen
O Programa Nacional de Imunizações, formulado pelo Ministério da Saúde, tem como maior objetivo instituir o calendário vacinal e distribuir vacinas, de forma gratuita, em âmbito nacional. Dessa forma, a imunização é uma das intervenções mais bem-sucedidas no controle de diversas doenças, entretanto, uma importante queda na cobertura vacinal tem sido observada no Brasil, aumentando o risco de doenças consideradas erradicadas. Dessa maneira, o objetivo é comparar a cobertura vacinal brasileira do ano de 2015 ao ano de 2020 e demonstrar a importância da vacinação e a provável segunda queda consecutiva da cobertura vacinal para o ano de 2020. As fontes de dados utilizadas foram retiradas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e a população em estudo corresponde a homens e mulheres, sem restrição de faixas etárias, residentes no Brasil. Desse modo, em 2015, a média da cobertura vacinal das cinco regiões brasileiras (norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste), foi de 95,07%. No ano seguinte, em 2016, a cobertura vacinal teve uma queda brusca para 50,44%, e em 2017 a taxa foi de 72,93%. Já no ano de 2018, a média ascendeu para 77,13%, porém, em 2019, caiu novamente para 72,74%. Considerando o atual mês do ano de 2020 (setembro), a taxa de vacinação de janeiro a setembro foi de 51,62%. Em relação à média de todos os anos, a região norte foi a que apresentou menor cobertura vacinal comparada com as outras regiões brasileiras. Nessa perspectiva, ao analisarmos a cobertura vacinal dos últimos anos, vemos como é drástica a queda da cobertura vacinal em uma comparação do ano de 2015 aos anos subsequentes. Além do mais, observamos uma notável queda no ano de 2019, e provável nova queda consecutiva para o ano de 2020, já que a cobertura vacinal de janeiro a setembro atingiu apenas 51,62%. Isso se deve em parte a atual epidemia do novo Coronavírus, em que grande parte da população evita ir às Unidades de Saúde buscar pelas vacinas; além disso, recentemente, vivenciamos o “Movimento antivacina” que, apesar das inúmeras demonstrações da eficácia e importância das vacinas, cresce o número de pessoas que recusam a vacinar seus filhos, fomentando um movimento perigoso que pode trazer de volta doenças como a poliomielite. Entretanto, vale ressaltar que estes são apenas dois dos motivos os quais a queda foi atribuída, necessitando de mais pesquisas para elucidar o porquê a população brasileira está deixando de procurar as imunizações. Dessa maneira, apesar de no Brasil a vacinação ser gratuita, com a queda na imunização, há risco de aumento de casos de doenças que já foram consideradas erradicadas.
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