ASSOCIAÇÃO DE SUPLEMENTAÇÃO COM ANTIOXIDANTES E ESTÍMULO MENTAL NO TRATAMENTO DE SINAIS CLÍNICOS DE SÍNDROME DA DISFUNÇÃO COGNITIVA CANINA: RELATO DE CASO
Palavras-chave:
Alzheimer canino, Comportamento canino, Neuropatologia, GeriatriaResumo
A Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina trata-se de um processo degenerativo do sistema nervoso, que leva a uma desordem neurológica no que diz respeito à memória e aprendizado, com alterações comportamentais, classificadas em cinco categorias: desorientação, interação, padrão sono-vigília, hábitos de higiene e atividade. O objetivo deste relato foi descrever o caso de uma paciente canina, sem raça definida, 10 anos de idade, com alterações nas cinco categorias supracitadas, tratada com suplementação à base de antioxidantes e ácidos graxos por quatro meses e terapia comportamental vitalícia. Os primeiros sinais apresentados pela paciente foram alteração do horário de sono e olhar fixo em algum ponto por tempo prolongado. Os sinais foram evoluindo progressivamente e a paciente passou a apresentar mais sinais de desorientação, como andar em círculos; interação, não atendendo mais quando chamada; padrão sono-vigília, ficando ativa durante a noite e dormindo durante o dia; hábitos de higiene, passando a urinar em local inapropriado e atividade, diminuindo a iniciativa de brincar e apresentando vocalização excessiva em determinadas situações. Além disso, também passou a apresentar esquecimento de treinamentos anteriormente aprendidos. Para o tratamento destes sinais, foi utilizado suplemento geriátrico com antioxidantes como vitamina E, selênio, zinco e cobre e ácidos graxos EPA e DHA (ômega 3), na dose de 1 comprimido VO/SID por quatro meses. Com uma semana de tratamento, a paciente já apresentava melhora dos sinais clínicos e a terapia comportamental com utilização de brinquedos e atividades de estímulo mental, como brinquedos dispensadores de comida, ensinamento de novos comandos, alteração das rotas de passeio, procura por petiscos escondidos foi instituída para manutenção do tratamento por tempo vitalício. Mesmo após o encerramento do tratamento com os antioxidantes, o quadro clínico da paciente manteve-se estável. Alguns sinais, como a diminuição da interação e alteração do padrão sono-vigília continuaram presentes, mas houve amenização de sinais de desorientação e a paciente passou a reaprender o treinamento esquecido, até seu óbito, 5 anos após o tratamento, por causa não neurológica. Desta forma, conclui-se que a terapia instituída não apenas desacelerou os sinais característicos de degeneração cognitiva, como também possibilitou relativa regressão de alguns sinais clínicos.
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