Estudo comparativo do tempo máximo de fonação e tessitura vocal de um coral adulto da cidade de Maringá-PR
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.10.eUJ511Resumo
Nos últimos anos tem-se notado um aumento no número de
distúrbios vocais em cantores adultos, decorrentes de sua maior inserção
no meio artístico, mais especificamente nos corais. A nossa hipótese é
que esse crescimento se deu pela ausência, nos corais, de profissionais
da voz, como o fonoaudiólogo cuja função principal seria a prevenção e
diagnóstico funcional da laringe. A literatura tem demonstrado que é
possível fazer tanto a prevenção destes distúrbios a partir de uma
avaliação funcional da laringe como a orientação vocal. Nesse sentido,
o objetivo do presente estudo é verificar se após um período de dois
meses de treinamento de suporte respiratório com cantores de um grupo
coral adulto há uma melhora na tessitura vocal e adequação dos tempos
máximos de fonação verificando por meio disso se a coordenação
pneumo-fonoarticulatória beneficia a qualidade vocal dos cantores
quando é bem trabalhada. Partindo-se da hipótese acima, neste trabalho
procurou-se fazer a avaliação fonoaudiológica de sessenta e cinco
cantores de um coral adulto da cidade de Maringá- PR. Recorreu-se à
avaliação fonoaudiológica do comportamento vocal e da coordenação
pneumo-fono-articulatória: roteiro de anamnese e a avaliação
perceptivo-auditiva. Dos sessenta e cinco cantores avaliados, com idades
acima de 18 anos, 30 foram selecionados para participarem do
treinamento de suporte respiratório. Os 35 cantores excluídos da
pesquisa apresentaram queixas vocais em algum momento da vida. 0s 30
cantores selecionados para participação no estudo 33% utilizavam o
suporte respiratório para cantar e 67% não utilizavam, após o
treinamento 77% dos cantores participantes passaram a utilizar o suporte respiratório e apenas 23% continuaram sem utilizar o suporte, entretanto
100% dos cantores obtiveram uma melhora nos tempos máximos de
fonação na proporção s/z, que levou ao conseqüente aumento da tessitura
vocal. Esses dados confirmam a importância e a necessidade de
presença de um fonoaudiólogo incluso na equipe que atua com grupos
corais.
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