Ser familiar de usuários de saúde mental: vivências e sentimentos
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.59.eUJ3736Palavras-chave:
Cuidado, família, serviços de saúde mentalResumo
Conhecer as vivências de cuidados dos familiares de usuários de saúde mental que são acompanhados em um Centro de Atenção Psicossocial II na região sul do país. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa realizada com sete familiares inseridos no grupo de familiares do serviço. Foram classificados em três temáticas: 1) vivência acerca dos cuidados prestados pelo cuidador familiar ao usuário de saúde mental; 2) rede de apoio disponível ao familiar cuidador; 3) estratégias utilizadas pelo familiar para a promoção do cuidado de si. O estudo revela o impacto da sobrecarga do cuidador familiar ao desempenhar essa função com familiares que demandam um alto grau de dependência. À medida que aumenta a dependência da pessoa que demanda de cuidados, o familiar cuidador percebe o aumento da sobrecarga, que interferem na saúde física e psicológica dos mesmos. Tornar-se o cuidador principal acarretou o abandono de algumas atividades em algum momento da vida, devida à dependência do usuário, incluindo atividades de promoção do cuidado de si. Ao assumir esse papel, foi relatado pelos participantes a fragilidade da rede de apoio intrafamiliar, sendo o CAPS citado como a principal rede de apoio. Neste estudo, foi possível perceber a sobrecarga do familiar cuidador a partir de todas as demandas geradas por esse processo que, ao ser compartilhado no grupo, possibilita aliviar as angústias e criar estratégias de cuidado que promovam uma melhora interação com o seu familiar que é usuário do CAPS, podendo estimular que essa pessoa possa ter mais autonomia sobre sua vida.
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