Algumas considerações sobre a saúde mental dos funcionários públicos, por Ezio Flavio Bazzo
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.1.eUJ335Resumo
Bazzo (1997), ao escrever “Algumas considerações sobre a saúde mental dos
funcionários públicos”, demonstra que a relação existente entre o trabalho e o
sofrimento psíquico traz conseqüências agravantes à saúde mental dos trabalhadores,
principalmente aos funcionários públicos. A relevância deste artigo se deve,
principalmente, ao fato de que até bem pouco tempo não se ousava discutir em público,
ou em nível de publicações científicas, os transtornos mentais ocasionados pela
insatisfação decorrentes do trabalho, gerando doenças psicossomáticas e distúrbios
mentais. Este fato se tornou ainda mais relevante a partir do momento em que se
começou a discutir a saúde mental dos funcionários públicos.
Até o momento em que se discutia a saúde mental do desempregado, e havia as
definições e as delimitações da estatística ocasionada pelas doenças psicossomáticas,
como o estresse, a angústia e a depressão que ocasionavam mortes por parada cardíaca e
suicídio, além dos internamentos em clínicas e hospitais psiquiátricos, o quadro não era
tão grave. No entanto, a partir do momento em que esses fatores passaram a ser uma
constante na maioria das organizações, principalmente nas organizações públicas, o
quadro agravou-se.
Esta estatística foi tão além das expectativas que acabou gerando, por parte dos
sindicatos e associações de trabalhadores, um programa nacional de conscientização da
saúde mental dos trabalhadores, para tentar ao menos diminuir o preconceito que existe
entre os próprios trabalhadores, que se acham “loucos”, e, portanto, incapacitados de
exercerem suas funções e de viver em sociedade.
No caso dos funcionários públicos, este fato se embasa principalmente no fato da
corrupção ser uma constante, o que faz com que os indivíduos que não participam dela
se sintam mais oprimidos, mas mesmo os que participam dela não escapam dessa
sintomatologia. Também, a alta rotatividade da chefia, tendo que se moldar a cada nova
chefia. Assim sendo, tem-se um crescimento da angústia e da depressão, gerando então
as doenças psicossomáticas. Mas como o próprio autor cita:
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