MULHERES ENCARCERADAS: PERFIL, SEXUALIDADE E CONHECIMENTO SOBRE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.52.eUJ1388Resumo
O sistema penitenciário brasileiro é marcado, além da superlotação, pela falta de acesso à saúde, sendo mais notável o agravamento dos problemas em presídios femininos. Entendendo a importância da sexualidade na vida dos sujeitos como um componente da saúde, objetivou-se investigar as experiências relacionadas à sexualidade e o conhecimento sobre a transmissão de infecções sexualmente transmissíveis de mulheres encarceradas. Trata-se de pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória, realizada em uma penitenciária feminina de referência do nordeste brasileiro, em outubro de 2015 com 58 mulheres. Em sua maioria tratava-se de jovens, casadas ou em união estável, com baixa escolaridade, trabalhadoras do lar, com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos, encarceradas por tráfico de drogas. Sobre sexualidade, identificou-se que suas vidas sexuais se encontram prejudicadas ou, muitas vezes, inexistente. Em relação às infecções sexualmente transmissíveis a maioria demonstrou desconhecimento a respeito das formas de transmissão, prevenção e situações/comportamentos de risco. Com isso, evidenciase a necessidade de atividades educativas que atuem sobre a vida sexual de mulheres em privação de liberdade, abordando seus direitos e a importância de uma vida sexual saudável, apesar de se encontrarem em um ambiente que não propicie tais condições.
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