DESCRIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR MENINGOENCEFALITE PNEUMOCÓCICA NO ESTADO DO MATO GROSSO NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.eUJ3898Palabras clave:
Epidemiologia, Fatores epidemiológicos, Meningite, Meningites bacterianas, Meningite pneumocócicaResumen
A meningoencefalite pneumocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal, sendo causada pelo Streptococco pneumoniae, agente mais comum na faixa etária de 1 mês de vida até 60 anos. Esta patologia determina o quadro clínico de maior gravidade dentre as outras etiologias, apresentando-se através de febre, cefaléia, rigidez de nuca e alteração do estado mental. O diagnóstico ocorre através da punção lombar do líquor cefalorraquidiano, onde é possível determinar o tipo de agente causador. O tratamento baseia-se principalmente na administração de antibióticos, tendo como principal exemplo o ceftriaxone. Quando não tratada, a doença apresenta taxa de letalidade de até 30%, sendo a septecemia a maior causa de óbito nestes pacientes. Neste estudo, será analisado o perfil epidemiológico dos óbitos caudados por essa doença, sendo possível determinar o grupo de maior risco e assim direcionar o melhor tratamento para estes pacientes, na tentativa de minimizar a evolução para o óbito. O objetivo deste resumo foi analisar o perfil de óbitos causados por meningoencefalite pneumocócica no estado do Mato Grosso no período entre 2015 à 2019.Trata-se de um estudo retrospectivo, de abordagem quantitativa e descritiva dos óbitos ocorridos no estado de Mato Grosso por meningite pneumocócica, no período de 2015-2019, a partir da coleta de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo divididos em subgrupos de faixa etária e sexo, e analisados no Excel 2016. No período analisado, foram registrados 99 óbitos por meningoencefalite no estado de Mato Grosso. Destes, o agente Streptococco pneumoniae foi responsável por 16 óbitos, caracterizando 16,1% do total. Em relação à idade, o grupo de maior risco foi determinado pela faixa etária de 40-59 anos, apresentando 8 casos (50%), seguidos por menores de 1 ano, que determinaram 3 óbitos. Quanto ao sexo, houve predominância no sexo feminino, com 10 casos (62,5%). O presente estudo mostra que a meningoencefalite causada pelo agente Streptococco pneumoniae é um fator de mal prognóstico para a doença, sendo comum a alta taxa de letalidade. A partir da análise do perfil de incidência dos casos em MT é sugerido uma maior vigilância e um tratamento mais agressivo direcionado ao grupo de risco, a fim de evitar uma evolução para o óbito do paciente.
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