PREVALÊNCIA DE ESTRESSE, ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM SINTOMÁTICOS PARA A COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.57.eUJ3858Keywords:
Angústia psicológica, Ansiedade, Depressão, Epidemiologia, Infecções por CoronavirusAbstract
Durante uma crise social, como a pandemia da COVID-19, aumenta-se a atenção voltada à saúde mental. Isso ocorre porque, as sequelas, no âmbito da saúde psíquica, geralmente ultrapassam o número de mortes, podendo atingir até um terço da população. Dentre essas sequelas psiquiátricas, as mais comumente relatadas são ansiedade e depressão, além do aumento dos pensamentos suicidas. O objetivo desse estudo foi analisar o perfil dos participantes sintomáticos para a COVID-19, bem como determinar a prevalência de estresse, ansiedade e depressão nessa população. Realizou-se estudo de corte transversal em abril/maio de 2020, através de um questionário online divulgado nas mídias sociais. Foram incluídos brasileiros sintomáticos para a COVID-19 e excluídos os menores de 18 anos de idade e as respostas duplicadas. As variáveis incluídas foram: idade, sexo, religião, estado civil, renda mensal durante a pandemia, com quantas pessoas mora, área de ocupação, possuir doenças crônicas, estar em isolamento social, uso de bebidas alcoólicas, medicamentos para dormir, práticas de exercícios físicos, atividades de lazer e história de contato com alguém confirmado ou suspeita para a COVID-19. Além disso, foi aplicado a escala de estresse, ansiedade e depressão (DASS-21). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, sob CAAE 30623020100005206. Incluíram-se 300 pessoas, dentre as quais 59,3% (n=178), 63% (n=189) e 63% (n=189) apresentaram sintomatologia para estresse, ansiedade e depressão, respectivamente. Em relação à caracterização dos portadores de sintomatologia psíquica foi observada uma média de idade de 31,3 anos; variando entre 18 e 63 anos. Prevaleceu o sexo feminino (n=185; 82,2%), religião católica (n=92; 40,9%), solteiros (n=118; 52,4%), possuir alguma doença crônica (n=113; 50,2%), não morar sozinho (n=209; 92,9%), não ter sua renda diminuída durante a pandemia (n=124; 55,1%) e não ficaram em isolamento social (n=130; 57,8%). No que tange a área de atuação, evidenciouse a da saúde, com 52,9% (n=119), como mais afetada. Em relação aos hábitos de vida, 40,4% (n=91) não faziam uso de bebida alcoólica, 56% (n=126) não usavam medicamentos para dormir, 72% (n=162) aumentaram a frequência das atividades e 39,1% (n=88) diminuíram a prática de exercício físico. Além disso, 57,8% (n=130) tiveram algum tipo de contato com pessoas confirmadas ou suspeitas da infecção pelo coronavírus. A partir dos resultados supracitados, foi observado uma maior prevalência de transtornos mentais nos pacientes sintomáticos para a COVID-19, o que sugere existência de impactos negativos sobre a saúde psíquica da população durante a pandemia. Portanto, devem ser criadas estratégias que objetivem a redução desses impactos, como medidas de suporte multiprofissional por meio das plataformas digitais.
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