Acompanhamento da rotina de um centro cirúrgico: há um protocolo de cirurgia segura?
DOI:
https://doi.org/10.46311/2318-0579.36.eUJ1109Abstract
A cirurgia tornou-se parte integrante do cuidado em saúde no
mundo. Estima-se que 234 milhões de cirurgias sejam realizadas
anualmente. As complicações cirúrgicas são comuns e frequentemente
evitáveis. Atualmente, a melhoria da segurança do paciente e da
qualidade da assistência à saúde tem recebido atenção especial. A
hipótese levantada neste estudo foi a de observação e análise da
existência de uma Lista de Verificação, dirigida à melhoria da
comunicação e à consistência do cuidado, reduziria complicações e óbitos
associados à cirurgia. Busca-se com isso, a redução de infecção do local a
ser operado, além das complicações relacionadas à anestesia. O objetivo
do estudo foi o de acompanhar a rotina do Centro Cirúrgico de um
hospital do interior do Estado de São Paulo, para observar a existência de
um protocolo de cirurgia segura. Tal medida foi interpretada como um
processo que visa melhorar o atendimento ao paciente, proporcionando –
lhe segurança, acolhimento e interação entre equipe cirúrgica e paciente;
sendo um ato de proteção e guarida. A relação entre a equipe de
enfermagem, médicos e pacientes é de fundamental importância para a
percepção e a experiência cirúrgica. Entre as medidas de proteção
destacou – se a atenção ao paciente e o preenchimento do checklist de
cirurgia segura. A observação foi realizada em um procedimento
cirúrgico de mastectomia e o outro em ureteroscopia. Constatou-se no
primeiro procedimento, a inexistência de um Checklist preenchido
formalmente, de acordo com as orientações da OMS. Algumas questões a serem abordadas foram realizadas verbalmente, no entanto, não supriram
as necessidades contempladas na Lista de Verificação. Na observação
realizada no procedimento cirúrgico de uma ureteroscopia, constatou-se
uma maior atenção dada a alguns itens do protocolo de cirurgia segura;
no entanto, tais itens foram abordados de forma verbal, sem a existência
do preenchimento do checklist. Já está comprovado que o funcionamento
da equipe cirúrgica de modo integrado, reduz taxas de eventos adversos.
É considerado de suma importância a prática em questão de
procedimentos que garantam segurança ao paciente em procedimentos
cirúrgicos, porém percebeu-se a dificuldade na efetiva implantação, por
parte de alguns profissionais da área da saúde, que dão pouca importância
a esse procedimento burocrático. Mudar essa cultura é uma questão de
organização interna e treinamento da equipe.
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